terça-feira, 3 de março de 2009

BUenas!! Diretamente de São Luiz após um tranquilo retiro de carnaval em Alcantara. Passei uma semana no sítio de uma figura massa chamada Marilda. Fui para lá com a Amanda, uma amiga de SP que eu já tinha esbarrado no FSM, mas tinha sido só isso , esbarrões e passeios rápidos. Somente esses dias pudemos passar um tempo maior juntos. A Amandinha é um nômade - articuladora-nômade cidadã do mundo, então passar quatro dias direito com ela sem nenhuma quebra imprevisível advinda do fluxo tempo-espaço-quântico multidimensional podde ser considerado um privilègio. Ficamos lá, no sítio da marilda lendo, comendo, ouvindo a chuva e dormindo. Choveu praticamente o tempo todo.
O sítios é uma delícia, cozinha na varanda, um monte de redes, um som e um monte de discos, revistas e mais revistas "vida simples" e "Bundas". o sítio tem um monte de espaços além da casa tem uma oficina de papel artesanal, uma lona de circo para festas, cabanas de palha, um viveiro de plantas nativas e mais um monte de futuros projetos a serem realizados: um espaço de experimentação em permacultura, camping para receber o povo mais alternativo, espaço de feitio de fitoterápicos da região, enfim, o lugar respira esse clima de "arte-cultura-tradiçao-
natureza-autoconhecimento. Ou seja, um bom lugar para pasar uma semana de chuva. Fora eu e a amanda estavam no sítio seus moradores. O Edu é um moleque de 17 anos e cabelo tingido de vermelho. Ele não pára quieto, tá sempre zanzando por detrás dos matos lá. Essas caracter´sticas logo lhe renderam o óbvio apelido de Curupira. Ele, obviamente, detestou. Somente no fim da minha estada
descobri que, enquanto eu passei a semana lendo Bundas, ele construiu uma puta casa pros cachorros, grandona - da até pra armar rede dentro- super caprichada. Quando eu comentei que ele podia ter me chamado para ajudar, sua reação foi de silêncio compassivo, mas juro que ouvi umas risadinhas sarcáticas vindas de algum lugar...
Outro morador é o Mazinho, pai do Edu, que vive no sítio desde antes da marilda. Foi graças a ele que me empaturrei de camarão durante esses dias todos, já que le foi diariamente ao mangeu do fundo do sítio fazer o "arrasto". Outro detalhe culinário importante de meu retiro: seriguelas! Não eram muito, é verdade, mas o suficiente para me tranformar durante cinco minutos diários em um criança de dez anos feliz no fundo do quintal da sua vó no interios do Ceará. Seriguela é bom viu...
Voltando aos moradores, por ultimo tem a Kelli, uma piauiense que já morou um tempo em Jacarta e que agorta vive em Alcantara ajudando no dia a dia do sitio. Os moradores sao esses tres, mas de visitantes frequentes ainda tem a Antõnia, uma chilena urbano-hippie figura que esta ancorada em Alcantara ha seis meses. pelo que entendi a dois que ela fala que vai embora na semana que vem... Ainda bem que ela estava por lá, deu pra continuar meu aprendizado em portunhol (estou naquela fase de pensar em "outra" língua", pensar em portunhol, so faltava essa...). E, por último, o Jonilson, um caricaturista de São Luis e pescador nas horas vagas de sua oficina no Ponto de cultura de alcantara. Pescar, desenhar e fazer uma piadinha infame a cada tres minutos essa é a vida boa de jonilson em Alcantara.
Meu carnaval foi pouco agitado -daqui a pouco tô chamando sede de desconforto hídrico- melhor dizendo, meu carnaval foi um tédio total. mas foi bom, tava precisando descansar. Dormi muito, cochilei vária e várias vezes e tirei uma pestaninha com bastante frequencia. De qundo em qundo lia, mas essa atividade dava um sono... Acho que dá para resumir meu carnaval em uma horizontal e homogênea siesta interrompida aqui e acolá em sua confortável monotonia pelo azedinho de uma seriguela, uma boa piada na Bundas (aa materias da "vida simples" so me davam mais sono) e claro, pelas infinitas picada de maruins. Quem me ver por esses dias vai dizer que estou mais magro, pura ilusão, estou é sem sangue mesmo. Só pra vocês terem idéia da profundidade hibernativa do carnaval, li até um best seller de uma estadunidense em busca de si mesma. Ela sofre, sofre, sofre, mas no fim acba tudo bem porque ela encontra um homem mais velho e sedutor... haja
chuva.
Bom, agora que o carnaval acabou e o ano novo começou sinto que é chegada a hora de botar em pratica minha viagem pro norte. Entre hoje e tres dias devo ir a belem e no maximo em uma semana estou em santarem, dias em um barco me esperam, preciso arrumar outro best seller e alguma muitas castsanhas.
Mas antes do fim, uma pequena observaçaõzinha sociológica sobre alcantara. Como não dava para ir para nehuma comunidade em pleno carnaval chuvarento, muito menos ate a base de lançamento de foguetes, e como eu estava em um sítio "super a nossa cara", meu contato mais próximo com o cotidiano de alcantara durante esses dias foram as compras no mercadinho. Puta lugar caro!!! 3 tomates, 1 cbola e um repolho, 5 conto. 1 polpa, 3 batatas doces, 1 pimentaõ e uns paes, 7 rteais!! Alcantara tem mais de cem comunidades "rurais" em seu arredor, a maioria com vegetação e água em abundãncia, como se explica a quitanda da cidade ter tres balcoezinhos onde meia dúzia de tipos de verdura semi murchas se apinhasm todas misturadas. Como assim?!?!? Algum palpite? Sarney? TV?? resist~encia cultural??? Esse país eé muito doido...
Acho que é isso, inté.

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